Sede da APASO

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Sede da APA - Iguaí-BA

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Programa de Educação Ambiental e Agricultura Familiar na internet

No dia 20/11, às 10h, transmissão ao vivo apresentará resultados do PEAAF e perspectivas para 2014

O Programa de Educação Ambiental e Agricultura Familiar (PEAAF), do Ministério do Meio Ambiente (MMA), realizará webconferência para divulgar o balanço de suas ações e apresentar as novas perspectivas sobre o tema. Qualquer pessoa interessada poderá acompanhar a reunião virtual pelo link http://portal.mec.gov.br/ambiental/transmissao, no dia 20/11, das 10h às 12h.

Durante a webconferência, o programa será apresentado aos membros das Comissões Interinstitucionais de Educação Ambiental, principal público da reunião, e demais participantes. Também serão divulgadas as estratégias de desenvolvimento do programa, a partir de acordos de cooperação técnica, oficinas estaduais de planejamento e elaboração de Planos Políticos Pedagógicos (PPPs) dos Estados.

BALANÇO

Será realizado um balanço das ações do programa, incluindo as oficinas que ocorreram nos Estados do Acre, Bahia, Amazonas, Tocantins e Pará, e as que ainda ocorrerão neste ano: Mato Grosso, Minas Gerais (território do Alto Paraopeba) e São Paulo (município de São José dos Campos). Durante a transmissão, também serão apresentados dois cursos de educação a distância do PEAAF, que serão lançados em 2014, voltados para a formação de educadores ambientais e agentes populares de educação ambiental na agricultura familiar.

Segundo a analista ambiental do MMA Ana Luísa Campos, as expectativas em relação à webconferência são as melhores. “O objetivo da utilização desta ferramenta é facilitar a acessibilidade das informações a um público cada vez maior, estreitar a relações com os parceiros e estimular a participação destes nas ações do programa, que tem como um de seus princípios a gestão democrática e participativa, com intencionalidade expressa de que as decisões sejam construídas de forma coletiva", ressalta.

O PEAAF tem como proposta desenvolver ações educativas, buscando a construção coletiva de estratégias para o enfrentamento da problemática socioambiental rural. A execução acontece por meio de instituições governamentais e não governamentais ligadas ao tema, com o intuito de adotar práticas sustentáveis na agricultura familiar e no manejo dos territórios rurais, numa dinâmica de co-responsabilidade.

Durante a Webconferência, poderão ser enviadas perguntas para o e-mail peaaf@mma.gov.br



Disponível em http://www.mma.gov.br/informma/item/9793-programa-de-educa%C3%A7%C3%A3o-ambiental-e-agricultura-familiar-peaaf-promove-webconfer%C3%AAncia

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Palestra sobre o novo Código Florestal - Parte final


Palestra sobre o novo Código Florestal - Parte 2


Palestra sobre o novo Código Florestal - Parte 1


Sistema Silvipastoril


Programa em Minas Gerais visa a recuperação de nascentes


Nascentes protegidas


Cientistas de vários países debaterão no Rio a sustentabilidade global

Pesquisadores e cientistas de todo mundo estarão reunidos entre os dias 25 e 27 deste mês, no Rio de Janeiro, para debater temas como a desigualdade, barreira para a sustentabilidade global e o uso da ciência para lidar com os recursos naturais. Em sua sexta edição, o Fórum Mundial de Ciência (WSF, na sigla em inglês) ocorrerá, pela primeira vez, no país. Ao todo, o evento deve reunir 600 líderes mundiais de mais de 120 países e terá como foco “Ciência para o desenvolvimento sustentável global”.
Para o presidente do Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE), Mariano Laplane, a realização do evento neste mês é o reconhecimento internacional da qualidade da ciência brasileira. “É um momento de reflexão do papel da ciência no desenvolvimento sustentável do mundo. Além disso, ao ocorrer no país, mostra que o cientista brasileiro tem a dizer e também a acrescentar à ciência mundial”, disse. O CGEE é uma das 12 instituições que organizam o Fórum.
O evento foi construído a partir de sete encontros preparatórios em capitais brasileiras: São Paulo, Belo Horizonte, Manaus, Salvador, Recife, Porto Alegre e Distrito Federal. Nas reuniões foram discutidos temas de interesse regional e os relacionados aos principais desafios da ciência no século 21, nos contextos nacional e internacional, para serem levados ao Fórum.
“A expectativa é que o fórum seja o ponto alto da ciência brasileira. O setor entrou para o radar da população. O debate é permanente e é assim que a ciência avança, pois vai gerar impactos diretos em temas como mudanças climáticas e segurança”, ressaltou Laplane. Na semana anterior ao fórum ocorrerá o Seminário Brasil – Ciência, Desenvolvimento e Sustentabilidade, nos dias 21 e 22. O objetivo é promover, em âmbito nacional, uma discussão sobre o tema. Na reunião prévia, será apresentada a Declaração da América Latina e do Caribe para o WSF 2013, que apresenta um plano estratégico regional para a resolução de problemas comuns para as próximas décadas. (Fonte: Agência Brasil)

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

ENERGIA: Como conciliar produção de alimento e consumo de energia?

 

No mundo, hoje, 2,5 bilhões de pessoas não tem acesso a energia, 900 milhões não tem água potável e 870 milhões de pessoas estão desnutridas. Os desafios para crescer e ainda alimentar 7 bilhões de pessoas são enormes. E conciliar a produção de alimentos com o equilíbrio ao meio ambiente e melhoria à qualidade mínima de vida das populações é um desafio maior ainda.

Este será o grande tema do especialista Olivier Dubois em sua palestra no 8º Congresso Internacional de Bioenergia, no dia 5 de novembro, em São Paulo. Coordenador do Grupo de Bioenergia, Meio Ambiente e Mudança Climática da FAO – Food and Agriculture Organization of the United Nations , Olivier Dubois vem ao Brasil para trazer uma mensagem de mudança no sentido de reduzir riscos e aumentar oportunidades na agricultura.

A necessidade crescente pelo aumento no rendimento agrícola tem exigido também o aumento no consumo de combustíveis fósseis. “ Temos que optar pela eficiência e maior uso de energias renováveis. O sistema “ aumento de alimentos e consumo de energia” tem que estar integrado. Hoje 30% do alimento produzido é perdido em diversas fases, junto com 1/3 de nossa energia “, oberva Dubois.

Conciliando o mesmo pensamento do especialista da FAO, Olivier Dubois, outros trinta palestrantes e painelistas estarão participando do 8º Congresso Internacional de Bioenergia, evento que acontece no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo , de 5 a 7 de novembro. O evento tem a realização conjunta da 6ª BioTech Fair - Feira Internacional de Tecnologia em Bioenergia e Biocombustíveis, irá reunir empresas ligadas a produção de máquinas, equipamentos e tecnologias voltadas a energias renováveis, com destaque a biomassa e biocombustíveis. Paralelamente acontece no mesmo local o 2º Congresso Brasileiro de Eucalipto. Mais detalhes no site www.bionergia.net.br A realização é Porthus e a Organização CIPA – Fiera Milano.

Serviço:

8º Congresso Internacional de Bioenergia

6ª BioTechFair – Feira Internacional de Tecnologia em Bioenergia e Biocombustíveis

www.bioenergia.net.br

Data e local: 05 a 07 de Novembro 2013 – Parque de Exposições Imigrantes

Promoção: Porthus Eventos

Organização: CIPA-Fiera Milano
Fonte: Porthus Eventos

MANEJO: Agricultores do Semiárido garantem fertilidade do solo com manejo ecológico

Mesmo não estando no semi-árido (o que é melhor) esperamos que os agricultores de Iguaí, com o apoio dos órgãos públicos, sigam esse exemplo.

Experiências de manejo agroecológico promovidas por famílias paraibanas das regiões da Borborema, do Cariri e do Curimataú foram apresentadas aos cerca de 300 participantes do 3º Encontro Nacional de Agricultoras e Agricultores Experimentadores do Semiárido.

O manejo consiste no plantio consorciado de árvores frutíferas, grãos, tubérculos, plantas medicinais, espécies forrageiras usadas para a alimentação de animais e árvores nativas do Semiárido, como angico, sabiá e camunzé, entre outras. O sistema regenera a fertilidade natural do solo e aumenta a contenção e acumulação de água, elemento fundamental em uma região com períodos de seca prolongados.

Com a prática, os agricultores do Semiárido estão conseguindo aliar sustentabilidade ambiental e geração de renda, possibilitando uma renda adicional às famílias e reduzindo os riscos de entressafras e anos ruins.

Uma das experiências relatadas no encontro é desenvolvida por José Domingos de Barros, 59 anos, o seu Loro. Nascido no município de Massaranduba, no agreste paraibano, ele tem há 30 anos uma propriedade com 3 hectares – cada hectare corresponde a 10 mil metros quadrados, o equivalente a um campo de futebol oficial. No local, durante muito tempo, ele desenvolvia um cultivo tradicional, sem preocupação em manter a biodiversidade e a mata nativa.

Nessa época, ele ocupava seu terreno com plantações de mandioca, milho, fava, batata-doce e feijão, até que uma seca severa fez com que ele tivesse que rever a forma de plantio.

“Desmatei muito, meu pai desmatava, a gente desmatava e não replantava. Com o passar do tempo, foi acabando tudo e eu me perguntava como minha família ia sobreviver”, relatou.

A prática do plantio agroecológico começou há dez anos, após seu Loro participar de uma visita de intercâmbio promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Massaranduba, com agricultores da região que utilizavam este tipo de plantio. “Eu até dizia que a terra estava com anemia braba. Com o passar do tempo, fiquei pensando o que fazer com a terra, porque ela estava precisando de mim”.

A recuperação do terreno começou com a plantação de espécies adaptadas, como nim e gliricídia, em consórcio com o cultivo de laranja e mandioca. Depois vieram os pés de banana e mamão, além de plantas típicas do Semiárido, como palma e angico. Algumas delas, como a gliricídia e a palma, são usadas para complementar a alimentação dos animais durante a seca. Já o nim é utilizado como um pesticida natural.

Hoje, Loro cultiva espécies frutíferas para produção de caju, manga, tangerina, graviola, além de três espécies de laranja: poncã, bahia e mimo do céu, além dos limões taiti e galego, que são carros-chefes da produção. Como lavoura temporária (culturas de curta duração), ele plantou feijão-bravo, fava e melancia, em consórcio com joão-mole e eucalipto.

O capim cortado, diferentemente de outras plantações, não é retirado, mas deixado no solo, junto com as folhas da vegetação, para proteger da erosão e da perda de nutrientes. Também não há o uso de agrotóxicos. Pragas, como a mosca negra dos citros, considerada a maior ameaça a esse tipo de plantação, é controlada com o uso de técnicas da agricultura tradicional.

Para desenvolver a agroecologia, os pequenos produtores precisam fazer a recomposição ambiental. Para atender a essa finalidade, seu Loro resolveu, com o apoio do sindicato de Massaranduba, criar um viveiro com espécies locais e adaptadas para a região, para oferecer mudas de árvores como maçaranduba, angico, jatobá, pau d’arco, nim e pau-brasil. As espécies são distribuídas gratuitamente. Atualmente, a rede de viveiros de mudas já abrange cinco município da região: Massaranduba, Solânia, Remigio, Alagoa Nova e Esperança.

“Depois que eu comecei a trabalhar dessa forma, vi o quanto obtive de retorno. Antes, os vizinhos achavam que eu era bobo por manter a mata. Hoje, eles já estão entendendo o benefício que isso traz. Cada muda que saí daqui é uma planta a mais para o sertão. Eu sinto que cada pé de árvore que sai daqui é como se fosse uma criança nova no mundo”, filosofa Loro.

Vindo da Chapada Diamantina, região de serras no centro da Bahia, o agricultor Reginaldo de Lima disse que estava contente em poder compartilhar da experiência. “Na minha roça, eu também estou fazendo o mesmo. Se cada um fizesse a sua parte, a gente não teria tanto problema com a água”, alertou.

Outro participante, Francisco de Sousa, prestava assessoria técnica para os produtores familiares do Semiárido, mas resolveu experimentar o “outro lado” e hoje desenvolve, junto com 35 famílias de Viçosa, no Ceará, um trabalho de agroecologia na Serra da Ibiapaba, na divisa com o Piauí.

“Nós trabalhamos com respeito a natureza. Hoje, conseguimos recuperar boa parte da mata nativa. Não cortamos mais as árvores para fazer lenha, plantamos algumas espécies, como o sabiá, para essa finalidade, disse o produtor, também especializado na produção de cítricos.
Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Propriedades rurais já contam com novo sistema de cadastro

 

A Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) disponibilizam o novo sistema de inscrições no Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais (Cefir). A ação atende ao disposto na Lei federal nº 12651/12 e no decreto nº 7.830/12, referente ao novo Código Florestal, que determina a obrigação dos Estados em aperfeiçoar ou desenvolver os cadastros pautados nas suas particularidades ambientais.
De acordo com a assessora técnica da diretoria de Regulação do Inema, Geni de Sena, o sistema online dará mais agilidade para o proprietário ou posseiro rural na regularização de seu imóvel . “Através de cadastramento único no portal do Sistema Estadual de Informações Ambientais e de Recursos Hídricos (SEIA) é possível anexar eletronicamente toda a documentação necessária”, destacou.
“A partir das informações fornecidas pelos responsáveis pelos imóveis rurais ao Cefir, poderemos monitorar com mais rapidez e precisão a situação de preservação das reservas legais, por exemplo, e acompanhar a recuperação da vegetação nativa”, destacou Sena.
O Cefir é um instrumento de regularização dos imóveis rurais, monitoramento das Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal, de Servidão Florestal, de Servidão Ambiental e das florestas de produção, necessário à efetivação do controle e da fiscalização das atividades florestais. O cadastro online pode ser efetuado através do endereço eletrônico www.sistema.seia.ba.gov.br
 

MANUAL DO SISTEMA SEIA - PASSO A PASSO PARA REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL DE IMÓVEIS RURAIS


Esse manual ensina usuários (proprietários de imóveis rurais) a se cadastrarem, visando à  regularização ambiental dos imóveis rurais.

o link do manual: https://sistema.seia.ba.gov.br/resources/Manual%20Seia.pdf


segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Brasil já polui como um país rico, principal culpado é combustível

 O Brasil já polui tanto como os países desenvolvidos e a “agenda ambiental (está) em segundo plano” aponta o 5º Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).
Em entrevista coletiva no centro de informação das Nações Unidas no Rio de Janeiro na qual comentou o relatório, José Marengo disse que o Brasil já polui já “como um país desenvolvido” e apontou como exemplo o fato de que “há famílias que têm três carros como símbolo de progresso”.
No Brasil a maior causa de emissão de dióxido de carbono (CO2) é a queima de combustível, justificada principalmente pelo aumento significativo da frota de veículos nos últimos anos, 64,5 milhões de carros, o dobro que dez anos antes.
Marengo cobrou a necessidade de uma “mudança no modo de vida dos países desenvolvidos”, mas reconheceu que é difícil para Índia, China e até o Brasil compreenderem isso, já que “poderiam entendê-lo como uma estratégia dos Estados Unidos e da Europa para frear seu progresso”.
O especialista em ecologia se mostrou “pouco otimista” sobre a chance de comprometimento dos estados com a matéria ambiental na XIX Conferência das Partes da Convenção da ONU sobre Mudança Climática (COP19), que será realizada em Varsóvia em novembro.
E lamentou as dificuldades para chegar a acordos sobre meio ambiente em um contexto de crise econômica generalizada, já que nesses momentos “se dá menos importância à agenda ambiental”.
O último relatório do IPCC recolhe, entre outros dados também preocupantes, que nas últimas três décadas se deram as temperaturas mais altas desde 1850, e destaca a responsabilidade do ser humano nas mudanças climáticas.
Fonte: Info.abril

Fim dos lixões até 2014 é tema da Conferência Nacional do Meio Ambiente


O Brasil tem 2.906 lixões em atividade e das 189 mil toneladas de resíduos sólidos produzidas por dia apenas 1,4% é reciclado. Mudar esse quadro – acabando com os lixões até 2014 e aumentando o percentual de reciclagem – é uma das principais metas da 4ª Conferência Nacional de Meio Ambiente, que este ano vai discutir a geração e o tratamento dos resíduos sólidos. O evento ocorre em Brasília, de 24 a 27 de outubro.
O tema ganhou relevância após a publicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei 12.305, de 2010, que determina que todos os municípios tenham um plano de gestão de resíduos sólidos para ter acesso a recursos financeiros do governo federal e investimento no setor.
Os 1.352 delegados debaterão a PNRS com base nas propostas apresentadas nas 26 etapas estaduais e na etapa distrital e nas 643 conferências municipais e 179 regionais que mobilizaram 3.602 cidades e 200 mil pessoas. A conferência terá quatro eixos temáticos: produção e consumo sustentáveis, redução dos impactos ambientais, geração de emprego e renda e educação ambiental.
Na etapa nacional, será produzido um documento com 60 ações prioritárias, sendo 15 por eixo. “O governo vai deter sua atenção nessas ações demandadas pela conferência para implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos,” disse o diretor de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Geraldo Abreu. Esses resultados constarão na carta de responsabilidade compartilhada da 4ª CNMA.
Pela Lei 12.305, após 2014 o Brasil não poderá mais ter lixões, que serão substituídos pelos aterros sanitários. Além disso, os resíduos recicláveis não poderão ser enviados para os aterros sanitários e os municípios que desrespeitarem a norma podem ser multados.
O desafio é grande: existem quase 3 mil lixões no Brasil para serem fechados no prazo fixado na PNRS, apenas 27% das cidades brasileiras têm aterros sanitários e somente 14% dos municípios brasileiros fazem coleta seletiva do lixo. “Precisamos transformar os resíduos em matéria-prima para que o meio ambiente não seja tão pressionado. Perdemos potencial econômico com a não reutilização dos produtos”, explicou Abreu. Segundo o MMA, se os resíduos forem reaproveitados podem valer cerca de R$ 8 bilhões por ano.
“A gestão de resíduos sólidos, até a publicação da lei, se deu de forma muito desordenada, trazendo uma série de prejuízos à população. Vimos proliferar lixões por todo o Brasil, com desperdício de recursos naturais que, pela ausência de um processo de reciclagem, acabam indo para esses locais inadequados”, disse Abreu.
A conferência vai discutir, entre outras medidas, o fortalecimento da organização dos catadores de material reciclável por meio de incentivos à criação de cooperativas, da ampliação da coleta seletiva, do fomento ao consumo consciente e da intensificação da logística reversa, que obriga as empresas a fazer a coleta e dar uma destinação final ambientalmente adequada dos produtos.
(Fonte: Agência Brasil)

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Almanaque para práticas sustentáveis

Acesse o link:
http://www.amane.org.br/download/ALMANAQUE%20DE%20PRATICAS%20SUSTENTAVEIS.pdf

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: CONSERVANDO A VIDA, OS BENS E OS SERVIÇOS AMBIENTAIS

Acesse o link:

http://www.amane.org.br/download/unidades.pdf

Dicas Ambientais para o dia-a-dia


É possível, nas ações do dia-a-dia, colaborar com o meio ambiente. Veja algumas dicas publicadas no Almanaque para Práticas Sustentáveis de Thomas Enlazador:
  • Racione o uso do ar-condicionado. Na maior parte das vezes, uma janela aberta resolve o incômodo do calor. Quando for usar o ar condicionado aumente em 2 graus. Com essa atitude você evita que 900 kg de dióxido de carbono por ano, subam para atmosfera;
  • Se não for suficiente, tente um bom ventilador, que consome menos energia do que o ar-condicionado;
  • Troque as lâmpadas incandescentes por versões fluorescentes mais econômicas. Elas podem gastar até 65% menos energia e durar até 10 vezes mais do que as lâmpadas de filamento, reduzindo, assim, a geração de resíduos;
  • Compre apenas eletrodomésticos que tenham avaliação A no selo Procel. Eles ajudam a diminuir sua conta de luz e permitem uso mais eficiente de energia elétrica. Veja a lista completa dos eletrodomésticos que têm o Selo Procel, no sítio www.eletrobras.com
  • Feche sempre bem a porta da geladeira. Aberta, há um maior consumo de energia para manter a temperatura. Não deixe a porta aberta enquanto pensa no que vai tirar dela, nem a abra e feche repetidas vezes;
  • Fique atento na conta de luz da sua casa e perceba quantos aparelhos eletrônicos ficam no modo de espera (stand by) constantemente. Crie o habito e tire televisão, dvds, sons e outros da tomada e calcule a economia na conta;
  • Mantenha a tampa da panela fechada. Com essa atitude você concentra mais calor e economiza gás de cozinha;
  • Quando sair da sala, desligue o monitor do computador. As proteções de tela também gastam energia que podem ser economizada apenas ao apertar um botão;
  • Evite a indústria dos descartáveis: prefira o coador de pano, os alimentos fora das bandejas de isopor, o copo de vidro, as sacolas e guardanapos de pano, enfim, todo produto que se use, lave e use novamente, em vez de jogar fora. Assim, você economiza os recursos da natureza e diminui a quantidade de lixo, um dos grandes problemas do nosso tempo;
  • Adote uma caneca e tenha sempre a tira colo sua sacola de pano, palha ou nylon para as compras no mercado e feira livre. Avise ao caixa que você traz a sua própria sacola e exerça seu direito de reduzir para preservar. Com essa pequena atitude você deixa de consumir milhares de sacolas e copos plásticos - descartáveis e poluentes;
  • Use papel reciclado sempre que possível. Papel reciclado precisa de até 90% menos energia para ser fabricado, além de evitar o corte desnecessário de árvores. Algumas marcas já oferecem papel de boa qualidade pelo mesmo preço do comum;
  • O relatório impresso hoje pode virar papel de rascunho amanhã. Aproveite sempre os dois lados das folhas e poupe o corte de muitas árvores;
  • Racionalize o uso de pilhas, procure usar pilhar recarregáveis. Quando acabar seu prazo, encaminhe as caixas coletoras específicas. As pilhas contaminam a água e o solo, com mercúrio e cádmio, e a atmosfera com vapores tóxicos;
  • Mais da metade do lixo da sua casa pode ser reciclado. Separe os materiais recicláveis do lixo orgânico e do que não pode ser reciclado. Consulte a prefeitura para saber mais sobre os horários e condições da Coleta Seletiva na sua cidade;
  • Crie o saudável hábito de substituir o elevador pelas escadas. Além de economizar energia você fará um bem para sua saúde;
  • Use menos o carro! Ande de bicicleta, caminhe e utilize mais transportes públicos. Cada quilometro que deixar de percorrer de carro, você evita a emissão de cerca de 300 gramas de dióxido de carbono;
  • Se a sua atividade profissional permite, trabalhe remotamente em casa alguns dias por semana. Você gasta menos combustível e diminui o stress dos deslocamentos;
Cuidados com a água:
  • Não "varra" nada com água, e sim com uma vassoura;
  • Regue suas plantas de manhã cedo. Durante o dia, a evaporação da água é bem maior e, à noite, aumenta o risco de proliferação de fungos;
  • Quando regar os vasos, coloque um prato embaixo para apanhar a água em excesso, e utilize essa água para molhar outras plantas - atenção para não acumular larvas de mosquitos;
  • Tenha bom senso no seu banho - deixe a torneira aberta somente para se molhar e retirar o sabonete do corpo;
  • Com a torneira aberta, são desperdiçados de 50 a 80 litros de água enquanto se escova os dentes, ou se faz a barba. Aprenda a utilizar a torneira com menos vazão possível. Uma torneira aberta deixa correr de 12 a 20 litros de água por minuto;
  • Cerca de 75% da água que consumimos em casa são gastos no banheiro. 32% do consumo doméstico de água vêm dos chuveiros: um banho de chuveiro gasta cerca de 20 litros de água por minuto;
  • Para lavar o carro com uma mangueira permanentemente aberta, mais de 600 litros de água são gastos! Use um balde;
  • Jogar óleo no ralo ou na privada (ou na rua, onde acabará chegando ao esgoto) é o mesmo que despejá-lo diretamente num rio, ou lago. Apenas meio litro de óleo é suficiente para gerar uma mancha venenosa de milhares de metros quadrados;
Fonte: http://www.amane.org.br/colabore.asp

Site “Coleciona” volta para oferecer apoio aos educadores ambientais

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) lançou no dia 18/09, durante Oficina Estadual do Programa de Educação Ambiental e Agricultura Familiar (PEAAF), em Brasiléia, no Acre, o website Coleciona - Fichário d@ EducadorAmbiental, que volta a ser acessado em apoio ao trabalho de milhares de pessoas que atuam na área em todo o Brasil. É uma iniciativa do Departamento de Educação Ambiental, da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (SAIC). Com quatro anos de vida e um período inativo, o site chega a sua 13a edição com cara nova, corpo remodelado e novas possibilidades.

O lançamento aconteceu na oficina porque, nesta edição, o Coleciona aborda o tema "Educação Ambiental e Agricultura Familiar", com foco nos dilemas e iniciativas dos setores agrário e rural brasileiro. Por meio dessa iniciativa, busca a reflexão e o posicionamento crítico e participativo que possam motivar o intercâmbio e a discussão sobre as experiências do saber técnico, acadêmico e popular acerca da educação ambiental e seu papel transformador na sociedade.

FAZER PENSAR

“Esta é mais uma iniciativa do MMA que procura contribuir com educadoras e educadores de todo o país, disponibilizando textos para se pensar e fazer educação ambiental. Se a sociobiodiversidade e a democracia são valores essenciais para um Brasil mais justo e sustentável, a educação ambiental é meio e mensagem relevante nesse avanço rumo às mudanças necessárias”, explicou o diretor do Departamento de Educação Ambiental do MMA, Nilo Diniz.

O Coleciona pretende ser um fichário prático com textos que trazem reflexão e auxiliem na Educação Ambiental. É um veículo de comunicação e educação. Traz textos atualizados e é organizado em seções, possibilitando, assim, a formação de um banco de informações sobre esta temática, aberto a consulta e uso público.

Como a acessibilidade da internet é maior, e é importante incentivar o menor consumo de papel, o Coleciona foi transformado em portal, sítio ou página eletrônica. A opção de impressão permanece porque os textos estão oferecidos no formato PDF. Mas a intenção também é tornar esse fichário mais dinâmico, com vídeos, spots, imagens, links. Acesse coleciona.mma.gov.br e confira textos, entrevistas, links, vídeos, fotos e publicações.

As oficinas estaduais têm o papel de trazer para este debate os diferentes atores (instituições e representações da sociedade civil e públicas), com a finalidade de iniciar o processo de construção de um Plano Político Pedagógico (PPP) para o PEAAF no Estado, no intuito de implantar um processo permanente de ações educativas alinhadas com este programa ao PEAAF e com interface com as nas diferentes políticas, programas e ações de cunho socioambiental para o meio rural existentes no Estado.
Acesse o Coleciona: http://coleciona.mma.gov.br/

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

CAB Verde

Depois do sucesso obtido na primeira edição em 2012 a Campanha CAB + VERDE volta em 2013 com força total. Campanha orquestrada pela Superintendência de Construções Administrativas da Bahia – SUCAB, através da Diretoria de Obras/Coordenação de Apoio ao CAB, tem como objetivo estimular os servidores do Centro Administrativo da Bahia (CAB) e a população de Salvador em geral a adotarem práticas sustentáveis e solidárias.

 Entre os dias 14 e 18 de outubro, das 09:00 as 16:00 horas, as pessoas terão a oportunidade de levarem materiais recicláveis, como plásticos, papéis, metais, óleo de fritura usado e aparelhos eletrônicos e/ou de informática para doação no stand da campanha que será montado no CAB, ajudando assim a sustentabilidade ambiental e as cooperativas de reciclagem, para as quais todo material recolhido será doado.

 A iniciativa conta com o apoio da COELBA grupo Neoenergia que promoverá a troca de lâmpadas fluorescentes queimadas por novas, desde que o cliente apresente a última conta original paga, além disso, através do Programa Vale Luz da COELBA todos os resíduos recicláveis serão convertidos em descontos nas contas de energia do Hospital Aristides Maltez.

 O CAB+VERDE, também tem o apoio do Programa Plante seu Futuro, através do plantio de espécies arbóreas nas avenidas do CAB.

 Programação do CAB + VERDE:

14 e 15/10/13 – O stand estará montado no prédio do Tribunal de Justiça – TJ, com plantio de árvores na 5ª avenida.

16 e 17/10/13 – O stand estará montado no prédio do Tribunal Regional Eleitoral – TRE, com plantio de árvores na 1ª avenida.

18/10/13 – O stand estará montado no prédio da Plataforma IV, (SUCAB-SEMA-SEDES-SEFAZ), com plantio de árvores na 3ª avenida.

 Veja o que você pode trazer para o CAB:

- Papel, jornal, revista, caixa de papelão, impressos em geral, fotocópias, envelopes, papel de fax, embalagens cartonadas
- Baldes, bacias, embalagem de desinfetante, potes de iogurte, garrafas de refrigerante, embalagens de produtos alimentícios, sacos de feijão, arroz, etc.
- Latas de refrigerante, latas de cerveja, panelas, perfis, latas de farináceos, latas de conserva, peças automotivas, persiana, etc.
2. Traga também as lâmpadas incandescentes e/ou fluorescentes compactas queimadas e troque por novas, observando as regras abaixo:
- Ser cliente residencial;
- Apresentar última conta paga de energia paga;
- Não ter trocado lâmpadas em projetos da Coelba nos últimos 3 anos;
- Não ter débitos com a Coelba.
3. O óleo de fritura deve ser colocado em garrafas plásticas e entregue num dos pontos de coleta no CAB na semana da Campanha.
4. Para participar do plantio é preciso fazer a inscrição através dos telefones 3116-9202 / 9203/ e e-mail: planteseufuturo@gmail.com.
Fonte: Ascom/ Recicle Já Bahia

Intervenção da Embrapa Florestas no Desenvolvimento de Sistemas Agroflorestais (SAF’s) na Região Sul do Brasil

No final da década de 80, os problemas ligados à degradação dos recursos naturais adquiriram acentuada importância e, com isso, surgiram propostas de racionalização do uso do solo dentre elas a de geração de sistemas agroflorestais (SAF’s) que combina benefícios de produção, econômicos, sociais e ambientais.
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Os SAF's apresentam várias vantagens, frente a sistemas de monocultivos, tais como: utilização mais eficiente do espaço, redução efetiva da erosão, sustentabilidade da produção, e estímulo a economias de produção com base participativa. Dado ao caráter de múltiplo propósito das árvores, com os SAF’s se pode aproveitar as vantagens dos diferentes estratos da vegetação para diversificação da produção, do uso da terra, da utilização da mão-de-obra e da renda, agregação de valor econômico e a produção de serviços ambientais.
A Embrapa Florestas iniciou trabalhos com SAFs em 1981 e a partir daí vários experimentos foram conduzidos gerando subsídios para a composição de SAF’s que promoveram a diversificação de produtos e de receitas e aumentaram o interesse e o entusiasmo com a agrofloresta. A seguir são apresentados alguns desses experimentos.
Sistema silvipastoril com Pinus elliottii e gado de corte: concluiu-se que a manutenção de bovinos, em áreas florestais aumentou a produção de carne sem prejuízo para o desenvolvimento do Pinus, além de reduzir os riscos de incêndio e os custos de sua prevenção. Também constatou-se a conveniência de que a carga animal não ultrapasse o limite de 0,5 cabeça/ha no povoamento florestal e, que a execução de podas no povoamento, durante a permanência do gado, permite maior duração da pastagem sombreada.
Tolerância de gramíneas forrageiras a diferentes graus de sombreamento: testando-se braquiária x (trigo/soja/café)
Local - -
Sistemas silvipastoris
Erva-mate/bracatinga/araucária X pastagem Regional
Faxinal Pontual - -
Eucaliptos/pinus/acácia-negra/ x pastagem Pontual
Extraído de: MONTOYA, L.J.; MAZUCHOWSKI, J.Z. Estado da arte dos SAF's na região sul do Brasil. In: CONGRESSO BRASILEIRO SOBRE SISTEMAS AGROFLORESTAIS, 1 ENCONTRO SOBRE SISTEMAS AGROFLORESTAIS NOS PAÍSES DO MERCOSUL, 1., 1994, Porto Velho. Anais. Colombo: EMBRAPA-CNPF, 1994. v.1. p.77-96. (EMBRAPA-CNPF. Documentos, 27)
Pontual: utilização por algumas empresas de reflorestamento ou unidades produtoras; Local: utilização em poucos municípios; Regional: utilização em áreas de abrangência de vários municípios.
Os SAF’s, em seus diversos tipos constituem-se em alternativa de manejo integral entre árvores x cultivos x pastagem, tornando-se evidente o caráter multipropósito das lenhosas perenes como geradoras de produtos tangíveis (alimentos, madeira, lenha, forragem), de serviços (sombra, quebra ventos, melhoria da fertilidade dos solos), sócieconômicos (diversificação de renda e mão-de-obra).
Contudo, a introdução do componente florestal na atividade agrícola e pecuária, não deve ser vista apenas como parte do desenho agroflorestal e sim dentro de um programa de desenvolvimento rural e com base em diagnósticos participativos. (Para tal, e em função das mudanças em torno da floresta, é necessário a definição de ações de pesquisa e de capacitação sob um enfoque integral, que contemple não só as ações a nível do subsistema (agrícola, pecuário, florestal) por unidade de área, mas também as relações entre os subsistemas da unidade produtiva, do grupo sócioeconômico e do regional. Assim, é necessário aprofundar o conhecimento das relações do produtor com a floresta no sentido mais amplo; como fonte de matéria prima, como fonte de alimentos, como melhoria de qualidade de vida e de lazer.
Fonte: http://ambientes.ambientebrasil.com.br/agropecuario/artigo_agropecuario/intervencao_da_embrapa_florestas_no_desenvolvimento_de_sistemas_agroflorestais_%28saf%E2%80%99s%29_na_regiao_sul_do_brasil.html

Café Ecológico: Uma Alternativa para a Agricultura Familiar

Por José Francisco Bezerra Mendonça*

Plantado à sombra de árvores como a “Ingazeira”, o café é parte integrante de um consórcio de cultivos que engloba bananeira, mamoeiro, goiabeira, jaqueira, acerola, abacateiro, feijão e mandioca, formando um diversificado e produtivo sistema agroflorestal de alta sustentabilidade.
A Cooperativa Mista dos Cafeicultores Ecológicos do Maciço de Baturité – COMCAFÉ - lançou em 12 de Março de 2003 o “CAFÉ ECOLÓGICO” (Cultivo Orgânico sem Agrotóxicos, com sombreamento). Trata-se de cultivo efetuado em microclimas de temperaturas amenas variando entre 15 e 25 Graus Celsius na região serrana dos municípios de Guaramiranga, Pacoti, Mulungu, Aratuba e Baturité no Estado do Ceará. Esses ecossistemas compreendem maciços serranos com altitude variável entre 200 e 800 metros, revestidos por espécies da Mata Atlântica que ainda hoje persistem em forma de refúgios e testemunhos, sendo notável a presença de “imbaúbas”. Nesses ambientes a precipitação pluviométrica oscila em torno de 1.100 mm anuais e, são comuns nascentes perenes e pequenas corredeiras.
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Plantado à sombra de árvores como a “Ingazeira”, o café é parte integrante de um consórcio de cultivos que engloba bananeira, mamoeiro, goiabeira, jaqueira, acerola, abacateiro, feijão e mandioca, formando um diversificado e produtivo sistema agroflorestal de alta sustentabilidade. Vale ressaltar que a cafeicultura sombreada vem sendo praticada nesses ecossistemas há quase dois séculos.
Já são 100 hectares cultivados nesse sistema. A idéia da Cooperativa, segundo seu presidente, Francisco Fernandes Barros, é trabalhar na qualidade desse café agregando valor ao produto e trazer para a Região maiores vantagens socioeconômicas. O produto já recebeu certificação da empresa sueca KRAV especializada em produtos ecológicos. Embora esse café tenha sido exportado para a Suécia em 1996 e 1997, a Cooperativa quer inverter o fluxo voltando-o para o mercado interno.
Vale ainda ressaltar duas características relevantes do sistema: no combate às pragas são empregados “preparos naturais” ou até mesmo “plantas armadilhas” como o cravo-de-defunto. Além disso, não é utilizada a mão-de-obra infantil. Assim sendo, vemos aqui um modelo de alta sustentabilidade ambiental, econômica e social que poderá vir a ser adotado pelo Programa de Agricultura Familiar do Governo Federal.
*José Francisco Bezerra Mendonça - Eng. Agrônomo – Mestre em Zootecnia. Pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. Brasília (DF) - mendonca@cenargen.embrapa.br

Construção da Agricultura Orgânica

        A construção de uma agricultura mais humana e respeitadora do meio ambiente e de um mercado justo implica que se opte por:
  • Uma concepção de produção e comercialização agrícolas na qual agricultores devem deixar de ser considerados apenas receptores de tecnologia, conselhos e informações e os consumidores devem passar a ter um papel ativo, fazer parte de ambos os processos, influindo diretamente sobre os mesmos
  • Uma ciência agrícola, que não deve se reproduzir ou espelhar-se no atual modelo, apenas substituindo-se os insumos e recomendações utilizadas. A nova agricultura deve incorporar a capacidade de produção de conhecimentos dos agricultores que já foi historicamente demonstrada e o interesse e participação dos consumidores
  • Tentar descobrir formas de trazer os agricultores e seu conhecimento local de volta para a produção de conhecimentos formais para a agricultura
  • Reforçar um fator favorável ao desenvolvimento de uma agricultura com cultura, que é o fato de os agricultores tenderem a estar fortemente ligados aos seus pedaços particulares de terra (quando as têm) e constituir meta de quase todos transmitirem-na aos seus filhos e netos e de quererem também transmitir seus conhecimentos práticos da lavoura.
O conhecimento dos agricultores é necessariamente local, uma vez que deriva da experiência direta dos processos de trabalhos, os quais são formados e delimitados pelas diferentes características de um lugar particular com um ambiente físico e social específico e único.
Todas as correntes de agricultura (compreendendo orgânicos, naturais, biodinâmicos e outras) não agroquímica, de um modo geral, poderiam ser englobadas em uma categoria de agricultura com cultura, que terá de caminhar no sentido de obter uma produção física abundante, suficiente e econômica, porém respeitando os limites e funções adicionais de produzir simultaneamente conhecimentos sobre a própria produção, gerar empregos, contribuir para regenerar o meio ambiente local e regional e, em última instância, contribuir para a regeneração do planeta.
 
Fontes parciais: www.agrorganica.com.br www.planetaorganico.com.br www.hotearte.com.br www.agroecologia.com.br

Agricultura urbana

Por Alexandre Dinnys Roese *

Existem muitas maneiras e motivos para se praticar a agricultura urbana, e diversas vantagens podem ser obtidas através dessa prática, dentre elas citamos as mais comumente observadas.
A agricultura urbana é realizada em pequenas áreas dentro de uma cidade, ou no seu entorno (peri-urbana), e destinada à produção de cultivos para utilização e consumo próprio ou para a venda em pequena escala, em mercados locais. Difere da agricultura tradicional (rural) em vários aspectos: Inicialmente, a área disponível para o cultivo é muito restrita na agricultura urbana. Além disso, há escassez de conhecimentos técnicos por parte dos agentes/produtores diretamente envolvidos; freqüentemente não há possibilidade de dedicação exclusiva à atividade; a atividade destina-se, normalmente, para utilização ou consumo próprio; há grande diversidade de cultivos; e a finalidade da atividade é distinta, pois normalmente não é requisito para a agricultura urbana a obtenção de lucro financeiro.
Observa-se, porém, uma relação muito forte entre a agricultura rural/tradicional e a agricultura urbana, sendo esta última normalmente praticada mais intensamente em regiões ou municípios que tenham tradição agrícola no meio rural.
O principal aspecto no qual a agricultura urbana difere da rural, no entanto, é o ambiente. A agricultura urbana pode ser realizada em qualquer ambiente urbano ou peri-urbano, podendo ser praticada diretamente no solo, em canteiros suspensos, em vasos, ou onde a criatividade sugerir. Qualquer área disponível pode ser aproveitada, desde um vaso dentro de um apartamento até extensas áreas de terra, sob luz natural ou artificial. Exige, no entanto, alguns cuidados especiais, como sombreamento parcial, especialmente para a formação de mudas e onde ocorra alta insolação, e irrigação cuidadosa e freqüente. E no caso de utilização de luz artificial deve-se ter alguns cuidados especiais, como intensidade de luz e fotoperíodo.

Fig.1 - Exemplo de agricultura urbana: arborização em frente a um prédio.
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Fig.2 - Exemplo de agricultura urbana: árvore frutífera e horta.
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Existem muitas maneiras e motivos para se praticar a agricultura urbana, e diversas vantagens podem ser obtidas através dessa prática, dentre elas citamos as mais comumente observadas:
  • Produção de alimentos - incremento da quantidade e da qualidade de alimentos disponíveis para consumo próprio.
  • Reciclagem de lixo - utilização de resíduos e rejeitos domésticos, diminuindo seu acúmulo, tanto na forma de composto orgânico para adubação, como na reutilização de embalagens para formação de mudas, ou de pneus, caixas, etc. para a formação de parcelas de cultivo, por exemplo.
  • Utilização racional de espaços - melhor aproveitamento de espaços ociosos, evitando o acúmulo de lixo e entulhos ou o crescimento desordenado de plantas daninhas, onde poderiam abrigar-se insetos peçonhentos e pequenos animais prejudiciais à saúde humana.
  • Segurança alimentar - favorece o controle total de todas as fases de produção, eliminando o risco de se consumir ou manter contato com plantas que possuam resíduos de defensivos agrícolas.
  • Recreação e Lazer - a agricultura urbana pode ser usada como atividade recreativa/lúdica, sendo recomendada para desenvolver o espírito de equipes.
  • Farmácia caseira - prevenção e combate a doenças através da utilização e aproveitamento de princípios medicinais.
  • Escoamento de águas das chuvas e diminuição da temperatura - favorece a infiltração de água no solo, diminuindo o escorrimento de água nas vias públicas, e contribuindo para diminuição da temperatura, devido à ampliação da área vegetada em relação à área construída.
  • Valor estético - a utilização racional do espaço confere um excelente valor estético, valorizando inclusive os imóveis.
  • Diminuição da pobreza - através da produção de alimentos para consumo próprio ou comunitário (em associações, escolas, etc.), e eventual receita da venda dos excedentes.
  • Atividade Ocupacional - proporciona ocupação de pessoas, evitando o ócio, contribuindo para a educação social e ambiental, diminuindo a marginalização dessas pessoas na sociedade.
  • Renda - possibilidade de produção em escala comercial, especializada ou diversificada, tornando-se uma opção para a geração de renda.
Nessa atividade, podem-se cultivar quaisquer culturas agrícolas de interesse, desde que o ambiente satisfaça suas exigências climáticas, tais como hortaliças, frutas, plantas medicinais, plantas ornamentais e outras.
As hortaliças podem ser divididas em três grupos:
a) hortaliças de folhas, flores e hastes;
b) hortaliças de frutos;
c) hortaliças de raízes, tubérculos, bulbos e rizomas.
Diversas plantas já tiveram seu valor medicinal comprovado, sendo úteis para a composição de uma farmácia doméstica. A maioria das plantas é de fácil cultivo, e são comumente encontradas em hortas e quintais, tanto na zona urbana como na zona rural. Entre elas podemos citar a erva-cidreira, o capim-limão, o alho, a babosa, a arnica, a erva-doce, a erva-mate, a hortelã, a malva, o maracujá, a quina e a romã, dentre muitas outras. A utilização dessas plantas medicinais deve obedecer orientação segura, normalmente prestada por profissionais como fitoterapeutas e nutricionistas.
Desde o início da civilização o ser humano tem observado a beleza das plantas, e aproveita-se dessa característica para embelezar o ambiente em que vive. Muitas plantas são cultivadas com finalidade quase que exclusiva de ornamentação, como a rosa, as diversas variedades de crisântemo, as gramas de jardim, as tuias, os cactos, além de uma infinidade de plantas arbustivas, floríferas, frondosas, etc. Além disso, muitas plantas apresentam tanto características ornamentais como medicinais, além de serem fonte de alimento, como é o caso de muitas frutíferas.
Outras utilidades podem ser dadas ainda para as plantas cultivadas em meio urbano. Por exemplo o plantio de árvores para sombreamento de ruas e praças, o uso de plantas como cercas vivas, etc.
* Alexandre Dinnys Roese é Engenheiro Agrônomo, M.Sc.Fitopatologista, Técnico de Nível Superior, da Embrapa Pantanal, na área de Desenvolvimento Institucional. e-mail: adroese@cpap.embrapa.br

Agroecologia no Brasil

O mercado interno ainda é pequeno, com predominância de hortifrutigranjeiros, todavia o potencial de crescimento é enorme.       
O Brasil também está investindo firme neste setor e, segundo dados atuais, o comércio nacional atingiu, em 1999/2000, cerca de 150 milhões de dólares. Estima- se que a área cultivada organicamente no país já atinge cerca de 25 mil hectares, perto de 2% da produção total nacional. 70% da produção nacional vai para a exportação, despontando a soja, laranja, banana, açúcar mascavo e café.
O mercado interno ainda é pequeno, com predominância de hortifrutigranjeiros, todavia o potencial de crescimento é enorme. A taxa de crescimento no Brasil já é estimada em 50% anual.
Em Santa Catarina, há quatro ou cinco anos atrás não havia mais do que cinco ou seis grupos ou associações de produtores agroecológicos, agora em 2001 já existem cerca de 40 associações, perfazendo 1000 famílias rurais, fora produtores e empreendimentos isolados em várias regiões do Estado.
As organizações não governamentais foram entidades pioneiras na introdução e divulgação da produção agroecológica em Santa Catarina, como de resto no Brasil. Entretanto, nos últimos anos, as universidades e o sistema de pesquisa e extensão também se voltaram a este importante segmento.
Fontes: www.amda.org.br/interna_acoes_agroecologia.asp www.epagri.rct-sc.br/agroecologia/agroecologia_sc.html www.aultimaarcadenoe.com.br/agroecologia.htm diocese.pelotas.tche.br/agroecol.htm

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Mudanças climáticas radicais estão prestes a ocorrer, sugere estudo

A Terra pode experimentar um clima radicalmente diferente no prazo de 34 anos, mudando para sempre a vida como conhecemos, com impacto mais intenso ocorrendo primeiramente na região dos trópicos, alerta um estudo publicado nesta quarta-feira (9) na revista “Nature”.
Com as tendências atuais de emissões de gases de efeito estufa, 2047 será o ano em que o clima na maior parte das regiões do planeta mudará para além dos extremos documentados, destacou o estudo. Este prazo se estenderá a 2069 em um cenário em que as emissões derivadas da queima de combustíveis fósseis se estabilizarão.
“Os resultados nos chocaram”, afirmou a respeito das descobertas o principal autor do estudo, Camilo Mora, do departamento de geografia da Universidade do Havaí. “Ao longo da minha geração, qualquer clima com o qual estejamos acostumados será coisa do passado”.
A maioria dos estudos climáticos prevê mudanças médias globais a partir de uma data aleatória, como 2100. A nova pesquisa seguiu um curso diferente, ao distinguir diferentes regiões do planeta e tentar identificar o ano em que o clima cruzará o limite dos eventos climáticos extremos.
Entre os efeitos analisados estão a temperatura superficial do ar e mar, padrão de chuva e acidez dos oceanos. “Independentemente do cenário, as mudanças vão acontecer logo”, advertiu Mora, destacando que isto forçará as espécies a se adaptar ou mudar para não morrer.
“O trabalho demonstra que estamos empurrando os ecossistemas do planeta para fora do ambiente em que evoluíram e para dentro de condições totalmente novas que eles podem não conseguir suportar. As extinções são o resultado provável”, comentou Ken Caldeira, do departamento de ecologia global do Instituto Carnegie de Ciência.
Segundo a investigação, os trópicos serão afetados mais rápido e de forma mais intensa. Plantas e animais tropicais não estão habituados a variações no clima e por isso são mais vulneráveis mesmo às menores alterações. “Os trópicos sustentam a maior diversidade do mundo em espécies marinhas e terrestres e experimentarão climas sem precedentes dez anos antes do que qualquer outra (região) da Terra”, destacou um comunicado.
Essas regiões também abrigam a maior parte da população mundial e contribuem significativamente para o abastecimento alimentar global. “Em países predominantemente desenvolvidos, cerca de um bilhão de pessoas em um cenário otimista e cinco bilhões em um cenário ‘business-as-usual’ (que mantém as mesmas condições) vivem em regiões que irão experimentar climas extremos antes de 2050″, disse o co-autor do estudo, Ryan Longman.
“Isso faz aumentar a preocupação com mudanças no abastecimento de água e comida, saúde humana, a disseminação mais extensa de doenças infecciosas, estresse causado pelo calor, conflitos e desafios para as economias’, alertou. “Nossos resultados sugerem que os países que serão impactados primeiro por climas sem precedentes serão aqueles com menos capacidade de responder”, prosseguiu.
Contagem regressiva – Segundo um cenário de emissões onde não foram tomadas a providências para reduzir a quantidade de CO2 na atmosfera, os cientistas previram que as datas da “partida climática” seriam por volta de 2020 em Manokwari (Indonésia), 2029 em Lagos (Nigéria), 2031 na Cidade do México, 2066 em Reykjavik (Islândia) e 2071 em Anchorage (Alasca).
Os estudiosos denominaram de “partida climática” o ponto em que eventos extremos mensurados durante os últimos 150 anos – período durante o qual dados climáticos são considerados confiáveis – se tornam a norma.
“Se a avaliação estiver correta, atenção conservacionistas: a corrida das mudanças climáticas não só começou, mas está definida, com a linha de chegada da extinção se aproximando mais dos trópicos”, escreveu Eric Post, do departamento de biologia da Universidade do Estado da Pensilvânia, em um comentário sobre as descobertas.
O ano 2047 foi estabelecido em um cenário “business-as-usual”, segundo o qual os níveis de dióxido de carbono (CO2) atmosférico continuarão constantes. Atualmente, estes níveis estão abaixo das 400 partes por milhão (ppm), mas podem alcançar 936 ppm em 2100, o que significaria uma elevação média na temperatura ao longo deste século de 3,7 graus Celsius.
O ano 2067 se baseia em um cenário de redução de emissões, que alcançaria as 538 ppm em 2100, provocando um aquecimento neste século de cerca de 1,8º C. Mais 0,7º C precisa ser adicionado às temperaturas para incluir um aquecimento que aconteceu do início da Revolução Industrial até o ano 2000.
Relatório do IPCC – As Nações Unidas estabeleceram como meta limitar o aquecimento global a 2º C em comparação com níveis pré-industriais para evitar efeitos catastróficos decorrentes das mudanças climáticas.
No mês passado, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, IPCC na sigla em inglês, divulgou o quinto relatório que aumentou o grau de certeza dos cientistas em relação à responsabilidade do homem no aquecimento global.
Chamado de “Sumário para os Formuladores de Políticas”, o texto afirma que há mais de 95% (extremamente provável) de chance de que o homem tenha causado mais de metade da elevação média de temperatura registrada entre 1951 e 2010, que está na faixa entre 0,5 a 1,3 grau – a edição anterior falava em mais de 90%.
O documento mostrou também que o nível dos oceanos aumentou 19 centímetros entre 1901 e 2010, e que as concentrações atmosféricas de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso aumentaram para “níveis sem precedentes em pelo menos nos últimos 800 mil anos”.
O novo relatório diz ainda que há ao menos 66% de chance de a temperatura global aumentar pelo menos 2 ºC até 2100 em comparação aos níveis pré-industriais (1850 a 1900), caso a queima de combustíveis fósseis continue no ritmo atual e não sejam aplicadas quaisquer políticas climáticas já existentes. (Fonte: G1)

Cientistas descobrem por que crianças têm facilidade de aprender mais de uma língua

Cientistas britânicos e americanos descobriram que entre dois e quatro anos de idade existe uma janela crítica de formação no cérebro – período em que este está aberto a um determinado tipo de experiência – para o aperfeiçoamento da linguagem.
Através do escaneamento do cérebro, pesquisadores perceberam que influências exteriores têm o seu maior impacto antes dos quatro anos de idade, quando as ligações entre os neurônios se desenvolvem para processar novas palavras.
A pesquisa, divulgada na publicação cientifica “The Journal of Neuroscience”, sugere que distúrbios que causam atraso na linguagem, como o autismo, devam ser abordados mais cedo. O estudo também explica por que as crianças têm facilidade em aprender mais de um idioma.
A pesquisa – Os cientistas, do Kings College em Londres, e da Brown University em Rhode Island, estudaram 108 crianças com desenvolvimento cerebral normal e com idades entre um e seis anos. Eles usaram exames cerebrais para estudar a mielina – substância responsável por proteger o circuito neural, que se desenvolve desde o nascimento.
Para surpresa dos especialistas, os testes indicaram que a distribuição da mielina é fixada a partir dos quatro anos, o que sugere que o cérebro é mais plástico nos primeiros anos de vida. Eles preveem que qualquer influência ambiental sobre o desenvolvimento do cérebro será mais forte na infância.
Isso explica por que a imersão de crianças em um ambiente bilíngue antes dos quatro anos de idade oferece uma melhor chance de elas se tornarem fluentes em ambas as línguas, a pesquisa sugere.
Segundo os pesquisadores, existe um momento crítico durante o desenvolvimento em que a influência exterior sobre as habilidades cognitivas pode ser maior.
Jonathan O’Muircheartaigh, da Kings College, que liderou o estudo, disse à BBC: ‘Uma vez que o nosso trabalho parece indicar que os circuitos do cérebro associados com a linguagem são mais flexíveis antes dos quatro anos de idade, a intervenção em crianças com atraso na execução da linguagem deve ser iniciada antes dessa idade crítica.’
‘Isso pode ser relevante para muitos distúrbios de desenvolvimento, como o autismo, em que o atraso na fala é um traço comum no início.’
Habilidade linguística – A primeira infância é uma época em que as habilidades linguísticas se desenvolvem muito rapidamente. Aos 12 meses de idade, os bebês têm um vocabulário de até 50 palavras, mas aos seis anos este pode chegar a cerca de cinco mil palavras.
Competências linguísticas estão localizadas nas áreas frontais do lado esquerdo do cérebro. Por isso, os pesquisadores esperavam que uma quantidade maior de mielina fosse produzida no lado esquerdo do cérebro enquanto as crianças desenvolvem a linguagem.
No entanto eles descobriram que a quantidade de mielina se manteve constante, mas teve uma influência mais forte sobre a capacidade linguística antes dos quatro anos de idade, sugerindo que há uma janela crucial para intervenções em transtornos do desenvolvimento.
‘Este trabalho é importante, pois é o primeiro a investigar a relação entre a estrutura do cérebro e a linguagem na primeira infância, e a demonstrar como essa relação muda com a idade’, disse Sean Deoni da Brown University, copesquisadora do estudo.
‘Isto é importante já que a linguagem é geralmente alterada, ou retardada, em muitos casos de crianças com problemas durante a fase de desenvolvimento, tais como o autismo.’
Estudo a longo prazo – Comentando o estudo, Dorothy Bishop, do Departamento de Desenvolvimento Neuropsicológico da Universidade de Oxford, disse que a pesquisa acrescentou novas informações importantes sobre o desenvolvimento inicial das ligações em regiões do cérebro importantes para funções cognitivas.
‘Há evidências sugestivas sobre a relação entre ligações no cérebro e o desenvolvimento da linguagem, mas é muito cedo para ter certeza sobre as implicações funcionais dos resultados’, disse ela.
‘Idealmente, seria necessário um estudo de longo prazo seguindo as crianças por um determinado tempo para acompanhar como as mudanças estruturais do cérebro são relacionadas a função da linguagem.’
O estudo foi financiado pelos Institutos Nacionais de Saúde Mental nos Estados Unidos e pelo Wellcome Trust na Grã-Bretanha.
(Fonte: G1)

Manejo de água no país é crítico, afirmam pesquisadores

A gestão de recursos hídricos no Brasil representa um problema crítico, devido à falta de mecanismos, tecnologias e, sobretudo, de recursos humanos suficientes para gerir de forma adequada as bacias hidrográficas do país. A avaliação foi feita por pesquisadores participantes do “Seminário sobre Recursos Hídricos e Agricultura”, realizado no dia 2 de outubro, na FAPESP.
O evento integrou as atividades do 58º Prêmio Fundação Bunge e do 34º Prêmio Fundação Bunge Juventude que, neste ano, contemplaram as áreas de Recursos Hídricos e Agricultura e Crítica Literária. Na área de Recursos Hídricos e Agricultura os prêmios foram outorgados, respectivamente, aos professores Klaus Reichardt, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA), da Universidade de São Paulo (USP), e Samuel Beskow, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
“O Brasil tem problemas de gestão de recursos hídricos porque não há mecanismos, instrumentos, tecnologias e, acima de tudo, recursos humanos suficientemente treinados e com bagagem interdisciplinar para enfrentar e solucionar os problemas de manejo da água”, disse José Galizia Tundisi, pesquisador do Instituto Internacional de Ecologia (IIE), convidado a participar do evento.
“É preciso gerar métodos, conceitos e mecanismos aplicáveis às condições do país”, avaliou o pesquisador, que atualmente dirige o programa mundial de formação de gestores de recursos hídricos da Rede Global de Academias de Ciências (IAP, na sigla em inglês) – instituição que representa mais de cem academias de ciências no mundo.
De acordo com Tundisi, as bacias hidrográficas foram adotadas como unidades prioritárias de gerenciamento do uso da água pela Política Nacional de Recursos Hídricos, sancionada em 1997. Todas as bacias hidrográficas do país, contudo, carecem de instrumentos que possibilitem uma gestão adequada, apontou o pesquisador.
“É muito difícil encontrar um comitê de bacia hidrográfica [colegiado composto por representantes da sociedade civil e responsável pela gestão de recursos hídricos de uma determinada bacia] que esteja totalmente instrumentalizado em termos de técnicas e de programas para melhorar o desempenho do gerenciamento de uso da água”, afirmou.
Modelagem hidrológica – Segundo Tundisi, alguns dos instrumentos que podem facilitar a gestão e a tomada de decisões em relação ao manejo da água de bacias hidrográficas brasileiras são modelos computacionais de simulação do comportamento de bacias hidrográficas, como o desenvolvido por Beskow, professor do Departamento de Engenharia Hídrica da UFPel, ganhador da atual edição do Prêmio Fundação Bunge Juventude na área de Recursos Hídricos e Agricultura.
Batizado de Lavras Simulation of Hidrology (Lash), o modelo hidrológico foi desenvolvido por Beskow durante seu doutorado, realizado na Universidade Federal de Lavras (Ufla), em Minas Gerais, com um período na Purdue University, dos Estados Unidos.
“Há vários modelos hidrológicos desenvolvidos em diferentes partes do mundo – especialmente nos Estados Unidos e Europa –, que são ferramentas valiosíssimas para gestão e tomada de decisões relacionadas a bacias hidrográficas”, disse Beskow.
“Esses modelos hidrológicos são úteis tanto para projetar estruturas hidráulicas – pontes ou reservatórios –, como para fazer previsões em tempo real de cheias e enchentes, como para medir os impactos de ações do tipo desmatamento ou mudanças no uso do solo de áreas no entorno de bacias hidrográficas”, afirmou.
De acordo com o pesquisador, a primeira versão do Lash foi concluída em 2009 e aplicada em pesquisas sobre modelagem de chuva e vazão de água para avaliação do potencial de geração de energia elétrica em bacias hidrográficas de porte pequeno, como a do Ribeirão Jaguará, em Minas Gerais, que possui 32 quilômetros quadrados.
Em razão dos resultados animadores obtidos, o pesquisador começou a desenvolver, a partir de 2011, a segunda versão do modelo de simulação hidrológica, que pretende disponibilizar para os gestores de bacias hidrográficas de diferentes dimensões.
“O modelo conta agora com um banco de dados por meio do qual os usuários conseguem importar e armazenar dados de chuva, temperatura e umidade e uso do solo, entre outros parâmetros, gerados em diferentes estações da rede de monitoramento de uma determinada bacia geográfica e, que permitem realizar a gestão de recursos hídricos”, contou.
Uma das principais motivações para o desenvolvimento de modelos e de simulação hidrológica no Brasil, segundo o pesquisador, é a falta de dados fluviométricos (de medição de níveis de água, velocidade e vazão nos rios) das bacias hidrológicas existentes no país.
É baixo o número de estações fluviométricas cadastradas no Sistema de Informações Hidrológicas (HidroWeb), operado pela Agência Nacional de Águas (ANA), e muitas delas estão fora de operação, afirmou Beskow.
“Existem pouco mais de cem estações fluviométricas no Rio Grande do Sul cadastradas nesse sistema, que nos permitem obter dados de séries temporais de até dez anos”, disse o pesquisador. “Esse número de estações é muito baixo para fazer a gestão de recursos hídricos de um estado como o Rio Grande do Sul.”
Uso racional da água – Beskow e Klaus Reichardt – que também é professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) – destacaram a necessidade de desenvolver tecnologias para usar a água de maneira cada vez mais racional na agricultura, uma vez que o setor consome a maior parte da água doce prontamente disponível no mundo hoje.
Do total de 70% da água encontrada na Terra, 97,5% é salgada e 2,5% é doce. Desse percentual ínfimo de água doce, no entanto, 69% estão estocados em geleiras e neves eternas, 29,8% em aquíferos e 0,9% em reservatórios. Do 0,3% prontamente disponível, 65% são utilizados pela agricultura, 22% pelas indústrias, 7% para consumo humano e 6% são perdidos, ressaltou Reichardt.
“No Brasil, temos a Amazônia e o aquífero Guarani que poderão ser explorados”, afirmou o pesquisador que teve projetos apoiados pela FAPESP.
Reichardt ganhou o prêmio por sua contribuição em Física de Solos ao estudar e desenvolver formas de calcular o movimento de água em solos arenosos ou argilosos, entre outros, que apresentam variações. “Isso foi aplicado em vários tipos de solo com condutividade hidráulica saturada em função da umidade, por exemplo”, contou.
O pesquisador vem se dedicando nos últimos anos a realizar, em colaboração com colegas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), tomografia computadorizada para medida de água no solo. “Por meio dessa técnica conseguimos desvendar fenômenos muito interessantes que ocorrem no solo”, disse Reichardt.
Custo da inanição – O evento contou com a presença de Eduardo Moacyr Krieger e Carlos Henrique de Brito Cruz, respectivamente vice-presidente e diretor científico da FAPESP; Jacques Marcovitch, presidente da Fundação Bunge; Ardaillon Simões, presidente da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe), e José Antônio Frizzone, professor da Esalq, entre outras autoridades.
Em seu pronunciamento, Krieger apontou que a Fundação Bunge e a FAPESP têm muitas características em comum. “Ao premiar anualmente os melhores pesquisadores em determinadas áreas, a Fundação Bunge revela seu cuidado com o mérito científico e a qualidade das pesquisas”, disse Krieger.
“A FAPESP, de certa forma, também faz isso ao ‘premiar’ os pesquisadores por meio de Bolsas, Auxílios e outras modalidades de apoio, levando em conta a qualidade da pesquisa realizada.”
Brito Cruz ressaltou que o prêmio concedido pela Fundação Bunge ajuda a criar no Brasil a possibilidade de pesquisadores se destacarem na sociedade brasileira por sua capacidade e realizações intelectuais.
“Isso é essencial para se construir um país que seja dono de seu destino, capaz de criar seu futuro e enfrentar novos desafios de qualquer natureza”, disse Brito Cruz. “Um país só consegue avançar tendo pessoas com capacidade intelectual para entender os problemas e criar soluções para resolvê-los.”
Por sua vez, Marcovitch avaliou que o problema da gestão do uso da água no país pode ser enfrentado de duas formas. A primeira parte da premissa de que o país está deitado em berço esplêndido, tem recursos naturais abundantes e, portanto, não precisaria se preocupar com o problema. A segunda alerta para as consequências da inação em relação à necessidade de se fazer gestão adequada dos recursos hídricos do país, como Tundisi vem fazendo, para estimular pesquisadores como Beskow e Reichardt a encontrar respostas.
“[Nós, pesquisadores,] temos a responsabilidade de elevar a consciência da sociedade sobre os riscos e o custo da inação em relação à gestão dos recursos hídricos do país”, disse. 
(Fonte: Agência FAPESP)

Cientistas pesquisam passado para ajudar na preservação da Mata Atlântica

Uma equipe internacional de cientistas terá quase US$ 4 milhões para desenvolver, durante cinco anos, uma ampla pesquisa multidisciplinar que permitirá conhecer melhor a distribuição de espécies animais e vegetais na Mata Atlântica brasileira.
O projeto, coordenado por Ana Carnaval, do City College of New York, Estados Unidos, e Cristina Miyaki, da Universidade de São Paulo, tem financiamento da FAPESP e da National Science Foundation (NSF), tendo sido selecionado na segunda chamada de propostas de projetos de cooperação científica por meio dos programas BIOTA-FAPESP e Dimensions of Biodiversity-NSF.
“Por meio do estudo da Mata Atlântica e das mudanças em sua paisagem e clima nos últimos 120 mil anos, entenderemos melhor como as espécies da floresta responderam a repetidas alterações ambientais no passado. Essa compreensão poderá se revelar importante para estimar como as espécies responderão a futuras mudanças no clima e ambiente”, disse Carnaval, que nasceu no Rio de Janeiro e é professora assistente de Biologia no City College, em notícia divulgada pela instituição.
O projeto, que tem também apoio da Nasa, a agência espacial norte-americana, conta com cientistas de diversas outras instituições, como a State University of New York, o New York Botanical Garden, o American Museum of Natural History, a University of California Santa Cruz, a University of North Carolina, o Institut de Recherche pour le Developpement (França) e a Australian National University.
No período pré-Colombiano, a Mata Atlântica brasileira tinha cerca de 3 mil quilômetros de extensão e formava uma cadeia de florestas contida entre o Oceano Atlântico e as áreas mais secas e mais elevadas no território.
Desde então, estima-se que a floresta tenha se reduzido a 11% de sua área. Apesar da devastação, a Mata Atlântica ainda contém fragmentos com algumas das mais elevadas concentrações de espécies nativas, que não são encontradas em nenhum outro local no planeta.
Os pesquisadores testarão hipóteses para reconstruir cenários de mudanças climáticas no passado. Serão utilizados modelos climatológicos baseados no que se conhece atualmente sobre os ciclos terrestres, além de informações de registros fósseis e de inferências de níveis antigos de umidade com base na geoquímica de depósitos encontrados em cavernas. Dados genéticos de populações atuais serão empregados para compreender como as espécies da Mata Atlântica reagiram a tais alterações.
Ao relacionar dados da distribuição atual de espécies com dados ambientais de análises climatológicas e dados de sensoriamento remoto, os cientistas pretendem caracterizar os ambientes onde ocorrem determinadas espécies.
Segundo Carnaval, a pesquisa poderá fornecer pistas de como animais e plantas responderão às rápidas mudanças ambientais antropogênicas esperadas para os próximos 50 a 100 anos.
Com os resultados da pesquisa, poderá ser possível estimar a ocorrência de espécies e como essa distribuição mudará em resposta a diferentes cenários de mudanças climáticas e ambientais. Isso poderá ajudar a identificar, por exemplo, espécies mais prováveis de se tornarem ameaçadas ou áreas com maior necessidade de proteção ou de pesquisa.
“Por meio dessa colaboração entre o BIOTA-FAPESP e o Dimensions of Biodiversity, estamos estabelecendo uma grande rede de pesquisadores que buscam trabalhar de modo colaborativo e integrado para gerar dados relevantes para a conservação da Mata Atlântica e para divulgar a sua importância para a sociedade”, disse Miyaki à Agência FAPESP.
O projeto apoiado pela FAPESP e NSF prevê a produção de uma exibição científica itinerante para levar os resultados ao público geral interessado em São Paulo e em Nova York. Os pesquisadores ainda planejam desenvolver produtos didáticos, voltados ao ensino médio.
O programa Dimensions of Biodiversity, da NSF, está voltado aos mais desconhecidos aspectos da biodiversidade e apoia pesquisas em um amplo espectro que abrange de genes a espécies e ecossistemas, de modo a integrar tanto aspectos descritivos como funcionais da biodiversidade do planeta.
A seleção de propostas FAPESP-NSF está baseada em uma chamada mais ampla publicada anualmente pelo Dimensions of Biodiversity, voltada à participação de cientistas de instituições nos Estados Unidos em oportunidades financiadas pela NSF ou lançada em parceria com outras instituições.
A relação dos projetos apoiados na mais recente chamada do Dimensions of Biodiversity foi publicada pela NSF em www.nsf.gov/news/news_summ.jsp?cntn_id=129242 (página temporariamente indisponível por conta da paralisação de diversos órgãos do governo dos Estados Unidos).
(Fonte: Agência FAPESP)

APA Serra do Ouro é fonte de água, mas também de pesquisa

A APA Serra do Ouro  tem despertado o interesse de pesquisadores e universitários, para a realização de pesquisas e trabalhos acadêmicos. Em 2010 a estudante Samille Santos Rocha realizou a sua monografia de conclusão do Curso de Geografia na Universidade Federal da Bahia, intitulada: CARACTERIZAÇÃO DO QUADRO FÍSICO E EVOLUÇÃO DO USO DO SOLO NA APA SERRA DO OURO, BAHIA.  Esse trabalho consistiu em realizar uma caracterização do meio físico da APASO, bem como avaliar a evolução do uso do solo ao longo das últimas décadas. Destaca-se a sua importância fundamental na ampliação da capacidade de identificação dos principais problemas da APASO, além de diagnosticar as principais potencialidades e riscos futuros, criando condições para a formulação do Plano de Gestão da APA.
Seu trabalho também foi apresentado no XV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto - SBSR, realizado em Curitiba, PR, no período de 30 de abril a 05 de maio de 2011; e consta nos Anais.


Para conhecer o trabalho que foi apresentado no Simpósio abra o link abaixo.




http://www.dsr.inpe.br/sbsr2011/files/p0355.pdf

SALVE A NOSSA APA!

FONTE DE ÁGUA E QUALIDADE DE VIDA EM IGUAÍ-BA

O município de Iguaí foi privilegiado com a criação de uma Unidade de Conservação Ambiental: a APASO (Área de Proteção Ambiental Serra do Ouro). Criada pelo Decreto Estadual n° 10.194 de 27 de dezembro de 2006, essa importante APA tem como objetivo principal conservar os recursos naturais nela existentes, promovendo o desenvolvimento da região com qualidade de vida para a sua população. Iguaí é muito rico em biodiversidade.  No seu território há aproximadamente 2.000 nascentes, 180 cachoeiras, dezenas de rios e riachos e uma grande quantidade de espécies de plantas e animais; além de uma expressiva beleza cênica dos vales e serras, em especial a SERRA DO OURO, que deu origem ao nome da APA. Diante dessa enorme riqueza natural, devemos somar esforços, visando à garantia da sua conservação e proteção para a presente e futuras gerações.


ESSA É UMA CAMPANHA DO CONSELHO GESTOR DA APA SERRA DO OURO DE IGUAÍ


JUNTE-SE A NÓS!