Sede da APASO

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Sede da APA - Iguaí-BA

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Programa de Educação Ambiental e Agricultura Familiar na internet

No dia 20/11, às 10h, transmissão ao vivo apresentará resultados do PEAAF e perspectivas para 2014

O Programa de Educação Ambiental e Agricultura Familiar (PEAAF), do Ministério do Meio Ambiente (MMA), realizará webconferência para divulgar o balanço de suas ações e apresentar as novas perspectivas sobre o tema. Qualquer pessoa interessada poderá acompanhar a reunião virtual pelo link http://portal.mec.gov.br/ambiental/transmissao, no dia 20/11, das 10h às 12h.

Durante a webconferência, o programa será apresentado aos membros das Comissões Interinstitucionais de Educação Ambiental, principal público da reunião, e demais participantes. Também serão divulgadas as estratégias de desenvolvimento do programa, a partir de acordos de cooperação técnica, oficinas estaduais de planejamento e elaboração de Planos Políticos Pedagógicos (PPPs) dos Estados.

BALANÇO

Será realizado um balanço das ações do programa, incluindo as oficinas que ocorreram nos Estados do Acre, Bahia, Amazonas, Tocantins e Pará, e as que ainda ocorrerão neste ano: Mato Grosso, Minas Gerais (território do Alto Paraopeba) e São Paulo (município de São José dos Campos). Durante a transmissão, também serão apresentados dois cursos de educação a distância do PEAAF, que serão lançados em 2014, voltados para a formação de educadores ambientais e agentes populares de educação ambiental na agricultura familiar.

Segundo a analista ambiental do MMA Ana Luísa Campos, as expectativas em relação à webconferência são as melhores. “O objetivo da utilização desta ferramenta é facilitar a acessibilidade das informações a um público cada vez maior, estreitar a relações com os parceiros e estimular a participação destes nas ações do programa, que tem como um de seus princípios a gestão democrática e participativa, com intencionalidade expressa de que as decisões sejam construídas de forma coletiva", ressalta.

O PEAAF tem como proposta desenvolver ações educativas, buscando a construção coletiva de estratégias para o enfrentamento da problemática socioambiental rural. A execução acontece por meio de instituições governamentais e não governamentais ligadas ao tema, com o intuito de adotar práticas sustentáveis na agricultura familiar e no manejo dos territórios rurais, numa dinâmica de co-responsabilidade.

Durante a Webconferência, poderão ser enviadas perguntas para o e-mail peaaf@mma.gov.br



Disponível em http://www.mma.gov.br/informma/item/9793-programa-de-educa%C3%A7%C3%A3o-ambiental-e-agricultura-familiar-peaaf-promove-webconfer%C3%AAncia

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Palestra sobre o novo Código Florestal - Parte final


Palestra sobre o novo Código Florestal - Parte 2


Palestra sobre o novo Código Florestal - Parte 1


Sistema Silvipastoril


Programa em Minas Gerais visa a recuperação de nascentes


Nascentes protegidas


Cientistas de vários países debaterão no Rio a sustentabilidade global

Pesquisadores e cientistas de todo mundo estarão reunidos entre os dias 25 e 27 deste mês, no Rio de Janeiro, para debater temas como a desigualdade, barreira para a sustentabilidade global e o uso da ciência para lidar com os recursos naturais. Em sua sexta edição, o Fórum Mundial de Ciência (WSF, na sigla em inglês) ocorrerá, pela primeira vez, no país. Ao todo, o evento deve reunir 600 líderes mundiais de mais de 120 países e terá como foco “Ciência para o desenvolvimento sustentável global”.
Para o presidente do Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE), Mariano Laplane, a realização do evento neste mês é o reconhecimento internacional da qualidade da ciência brasileira. “É um momento de reflexão do papel da ciência no desenvolvimento sustentável do mundo. Além disso, ao ocorrer no país, mostra que o cientista brasileiro tem a dizer e também a acrescentar à ciência mundial”, disse. O CGEE é uma das 12 instituições que organizam o Fórum.
O evento foi construído a partir de sete encontros preparatórios em capitais brasileiras: São Paulo, Belo Horizonte, Manaus, Salvador, Recife, Porto Alegre e Distrito Federal. Nas reuniões foram discutidos temas de interesse regional e os relacionados aos principais desafios da ciência no século 21, nos contextos nacional e internacional, para serem levados ao Fórum.
“A expectativa é que o fórum seja o ponto alto da ciência brasileira. O setor entrou para o radar da população. O debate é permanente e é assim que a ciência avança, pois vai gerar impactos diretos em temas como mudanças climáticas e segurança”, ressaltou Laplane. Na semana anterior ao fórum ocorrerá o Seminário Brasil – Ciência, Desenvolvimento e Sustentabilidade, nos dias 21 e 22. O objetivo é promover, em âmbito nacional, uma discussão sobre o tema. Na reunião prévia, será apresentada a Declaração da América Latina e do Caribe para o WSF 2013, que apresenta um plano estratégico regional para a resolução de problemas comuns para as próximas décadas. (Fonte: Agência Brasil)

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

ENERGIA: Como conciliar produção de alimento e consumo de energia?

 

No mundo, hoje, 2,5 bilhões de pessoas não tem acesso a energia, 900 milhões não tem água potável e 870 milhões de pessoas estão desnutridas. Os desafios para crescer e ainda alimentar 7 bilhões de pessoas são enormes. E conciliar a produção de alimentos com o equilíbrio ao meio ambiente e melhoria à qualidade mínima de vida das populações é um desafio maior ainda.

Este será o grande tema do especialista Olivier Dubois em sua palestra no 8º Congresso Internacional de Bioenergia, no dia 5 de novembro, em São Paulo. Coordenador do Grupo de Bioenergia, Meio Ambiente e Mudança Climática da FAO – Food and Agriculture Organization of the United Nations , Olivier Dubois vem ao Brasil para trazer uma mensagem de mudança no sentido de reduzir riscos e aumentar oportunidades na agricultura.

A necessidade crescente pelo aumento no rendimento agrícola tem exigido também o aumento no consumo de combustíveis fósseis. “ Temos que optar pela eficiência e maior uso de energias renováveis. O sistema “ aumento de alimentos e consumo de energia” tem que estar integrado. Hoje 30% do alimento produzido é perdido em diversas fases, junto com 1/3 de nossa energia “, oberva Dubois.

Conciliando o mesmo pensamento do especialista da FAO, Olivier Dubois, outros trinta palestrantes e painelistas estarão participando do 8º Congresso Internacional de Bioenergia, evento que acontece no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo , de 5 a 7 de novembro. O evento tem a realização conjunta da 6ª BioTech Fair - Feira Internacional de Tecnologia em Bioenergia e Biocombustíveis, irá reunir empresas ligadas a produção de máquinas, equipamentos e tecnologias voltadas a energias renováveis, com destaque a biomassa e biocombustíveis. Paralelamente acontece no mesmo local o 2º Congresso Brasileiro de Eucalipto. Mais detalhes no site www.bionergia.net.br A realização é Porthus e a Organização CIPA – Fiera Milano.

Serviço:

8º Congresso Internacional de Bioenergia

6ª BioTechFair – Feira Internacional de Tecnologia em Bioenergia e Biocombustíveis

www.bioenergia.net.br

Data e local: 05 a 07 de Novembro 2013 – Parque de Exposições Imigrantes

Promoção: Porthus Eventos

Organização: CIPA-Fiera Milano
Fonte: Porthus Eventos

MANEJO: Agricultores do Semiárido garantem fertilidade do solo com manejo ecológico

Mesmo não estando no semi-árido (o que é melhor) esperamos que os agricultores de Iguaí, com o apoio dos órgãos públicos, sigam esse exemplo.

Experiências de manejo agroecológico promovidas por famílias paraibanas das regiões da Borborema, do Cariri e do Curimataú foram apresentadas aos cerca de 300 participantes do 3º Encontro Nacional de Agricultoras e Agricultores Experimentadores do Semiárido.

O manejo consiste no plantio consorciado de árvores frutíferas, grãos, tubérculos, plantas medicinais, espécies forrageiras usadas para a alimentação de animais e árvores nativas do Semiárido, como angico, sabiá e camunzé, entre outras. O sistema regenera a fertilidade natural do solo e aumenta a contenção e acumulação de água, elemento fundamental em uma região com períodos de seca prolongados.

Com a prática, os agricultores do Semiárido estão conseguindo aliar sustentabilidade ambiental e geração de renda, possibilitando uma renda adicional às famílias e reduzindo os riscos de entressafras e anos ruins.

Uma das experiências relatadas no encontro é desenvolvida por José Domingos de Barros, 59 anos, o seu Loro. Nascido no município de Massaranduba, no agreste paraibano, ele tem há 30 anos uma propriedade com 3 hectares – cada hectare corresponde a 10 mil metros quadrados, o equivalente a um campo de futebol oficial. No local, durante muito tempo, ele desenvolvia um cultivo tradicional, sem preocupação em manter a biodiversidade e a mata nativa.

Nessa época, ele ocupava seu terreno com plantações de mandioca, milho, fava, batata-doce e feijão, até que uma seca severa fez com que ele tivesse que rever a forma de plantio.

“Desmatei muito, meu pai desmatava, a gente desmatava e não replantava. Com o passar do tempo, foi acabando tudo e eu me perguntava como minha família ia sobreviver”, relatou.

A prática do plantio agroecológico começou há dez anos, após seu Loro participar de uma visita de intercâmbio promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Massaranduba, com agricultores da região que utilizavam este tipo de plantio. “Eu até dizia que a terra estava com anemia braba. Com o passar do tempo, fiquei pensando o que fazer com a terra, porque ela estava precisando de mim”.

A recuperação do terreno começou com a plantação de espécies adaptadas, como nim e gliricídia, em consórcio com o cultivo de laranja e mandioca. Depois vieram os pés de banana e mamão, além de plantas típicas do Semiárido, como palma e angico. Algumas delas, como a gliricídia e a palma, são usadas para complementar a alimentação dos animais durante a seca. Já o nim é utilizado como um pesticida natural.

Hoje, Loro cultiva espécies frutíferas para produção de caju, manga, tangerina, graviola, além de três espécies de laranja: poncã, bahia e mimo do céu, além dos limões taiti e galego, que são carros-chefes da produção. Como lavoura temporária (culturas de curta duração), ele plantou feijão-bravo, fava e melancia, em consórcio com joão-mole e eucalipto.

O capim cortado, diferentemente de outras plantações, não é retirado, mas deixado no solo, junto com as folhas da vegetação, para proteger da erosão e da perda de nutrientes. Também não há o uso de agrotóxicos. Pragas, como a mosca negra dos citros, considerada a maior ameaça a esse tipo de plantação, é controlada com o uso de técnicas da agricultura tradicional.

Para desenvolver a agroecologia, os pequenos produtores precisam fazer a recomposição ambiental. Para atender a essa finalidade, seu Loro resolveu, com o apoio do sindicato de Massaranduba, criar um viveiro com espécies locais e adaptadas para a região, para oferecer mudas de árvores como maçaranduba, angico, jatobá, pau d’arco, nim e pau-brasil. As espécies são distribuídas gratuitamente. Atualmente, a rede de viveiros de mudas já abrange cinco município da região: Massaranduba, Solânia, Remigio, Alagoa Nova e Esperança.

“Depois que eu comecei a trabalhar dessa forma, vi o quanto obtive de retorno. Antes, os vizinhos achavam que eu era bobo por manter a mata. Hoje, eles já estão entendendo o benefício que isso traz. Cada muda que saí daqui é uma planta a mais para o sertão. Eu sinto que cada pé de árvore que sai daqui é como se fosse uma criança nova no mundo”, filosofa Loro.

Vindo da Chapada Diamantina, região de serras no centro da Bahia, o agricultor Reginaldo de Lima disse que estava contente em poder compartilhar da experiência. “Na minha roça, eu também estou fazendo o mesmo. Se cada um fizesse a sua parte, a gente não teria tanto problema com a água”, alertou.

Outro participante, Francisco de Sousa, prestava assessoria técnica para os produtores familiares do Semiárido, mas resolveu experimentar o “outro lado” e hoje desenvolve, junto com 35 famílias de Viçosa, no Ceará, um trabalho de agroecologia na Serra da Ibiapaba, na divisa com o Piauí.

“Nós trabalhamos com respeito a natureza. Hoje, conseguimos recuperar boa parte da mata nativa. Não cortamos mais as árvores para fazer lenha, plantamos algumas espécies, como o sabiá, para essa finalidade, disse o produtor, também especializado na produção de cítricos.
Fonte: Agência Brasil